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Meu blog, “Paixão de Artista”, tem como função principal registrar as atividades desenvolvidas no Curso de Artes Visuais - Pólo São Simão, em todas as disciplinas do 6º semestre do Curso.
Espero poder ir de encontro com os objetivos das disciplinas, através do desenvolvimento das atividades propostas, onde acredito que irão enriquecer e muito meu conhecimento e me preparar para um futuro brilhante.

sábado, 28 de agosto de 2010

CIDADE EDUCADORA


1.A Cidade e suas Possibilidades Educativas

 O texto nos fala do caminho que percorremos durante o desenvolvimento do Estagio I e II, sempre frisando o cuidado que devemos ter antes de desenvolver qualquer ação pedagógica: o planejar, re-planejar e avaliar.
No Estágio III o texto nos fala da experiência do estágio além dos muros da escola, tomando como referencia a cidade para a elaboração de projetos de ação educativa, onde poderemos analisar com mais profundidade a vida cotidiana e a relação entre cidade, cultura e cidadania.

1.1 A cidade educativa : seus lugares , seus habitantes , seus ofícios , sua cultura

 “... O meu olhar é nítido... E o que vejo a cada momento é aquilo que nunca antes eu tinha visto...” (Alberto Caieiro)

O desafio é olhar para a cidade de uma maneira diferente e ver aquilo que nunca prestamos atenção, no contexto cotidiano. Pensar a cidade enquanto um organismo vivo, dinâmico, que trás uma história construída ao longo dos tempos pelos seus habitantes, cada um com suas relações, suas profissões, seus ofícios, sua cultura; a cidade formada, por seus lugares; físicos, afetivos, simbólicos. A cidade que é feita pelas mãos daqueles que as constroem.
A compreensão da cidade como produção, fundada em racionalidade e contra-racionalidades. Essas contraposições reforçam as noções de valores culturais/sociais, as práticas solidárias e cidadania coletiva.
A efetivação da cidade como educadora se constitui na resistência à tendência de práticas individualistas na cidade.
Exercendo um novo olhar para a cidade em busca de visualidades, territorialidades, espacialidade em uma perspectiva multicultural crítica, pode-se perceber que toda cidade forma, todas elas educam, pois todas são resultados de um processo cultural, histórico e social.      
A cultura diz respeito a todos os fazeres, saberes e viveres pelos quais as pessoas se constituem em seus lugares, nas suas cidades, nas suas terras. As diferentes maneiras como as pessoas trabalham, produzem, pensam as mais diferentes profissões/ações que compõem a vida da sua cidade – a sua dinâmica, as particularidades de cada bairro. Como afirma Cavalcanti “...  a cidade como um lugar que abriga, produz e reproduz culturas.”

1.2 Imagens : (des )construções - Proposta para um passeio etnográfico

Ver e sentir a cidade constitui-se ainda uma experiência corporal. O corpo também é objeto de discurso. Ele é tanto entidade formuladora de imagens quanto elemento constitutivo da imagem, pois é parte integrante da paisagem urbana. É objeto e sujeito de discursos. (ARRAIS, 2001, p. 179)
Tornar o familiar estranho!

A arte que existe em nossa vida cotidiana é invisível e é de competência do concernente a estágio que esse estranho torne-se familiar, pois esse perturbamento do familiar, como diz BASTOS - descreve esse processo de tornar visível a arte e a cultura locais (...).

Para se compreender o processo de perturbamento do familiar:
a) membros da comunidade adquirem um maior discernimento sobre a própria cultura.
b) descreve interpretações feitas por pessoas da comunidade, e consiste um passo essencial para compreender a identidade cultural que possuímos.
c) convida a um envolvimento histórico e político e uma reflexão sobre as possibilidades de mudança.
d) possibilita identificar formas de autoria em diferentes grupos culturais e os sistemas de valores que as sustentam.
e) busca enriquecer o discurso atual em arte/educação pela articulação das questões de gênero, classe social e etnia que afetam as comunidades.

1.2.1 Orientações e ferramentas para levar nesse passeio

São ferramentais principais que devem ser levada para o passeio: a curiosidade e o olhar indagador, disposto a descobrir coisas mesmo nos lugares que julga que já conhece!  
Mas, rever não é ver a mesma coisa duas vezes, é lançar um novo olhar sobre uma mesmo coisa ou situação. O olhar que não se renova envelhece.
A cidade, ao longo da história, tornou-se um lugar privilegiado para a proliferação de discursos e construção de imagens... É através do contato com os outros e com o mundo, através dos discursos, das representações, desejos e receios, que a imagem é construída. (ARRAIS, 2001, p. 178)
A Proposta é olhar a cidade com um olhar mais apurado, critico e sensível para o contexto e o meio ambiente buscando descobrir em cada um, a cidade que habita e que foi construindo ao longo do tempo.
Deixar para traz um olhar indiferente rumo a um olhar reflexivo, olhar que pergunta/ / indaga, para acentuar as instâncias educadoras da vida na cidade, seus moradores, seus saberes, seus ofícios... Pensando a cidade enquanto uma confluência de práticas culturais, formando essa grande paisagem.

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